Sala de Venda de Bilhetes, Pipocas e Bebidas.

- Bowling? - Repeti, deixando um anel de fumo a meio - Boa ideia, acho que nunca fui ao bowling -Pensei alto. Apaguei o cigarro num daqueles cinzeiros de metal que ficavam à porta das grandes superfícies comerciais. - Onde é que fica o bowling? - Perguntei, em toda a minha ignorância. Não fazia ideia onde ficavam as coisas naquela cidade, o que me levou a pensar que tinha mesmo que explorar essa situação - E já agora, queres ir jantar antes ou depois do bowling? - Questionei-a.

Acho que nunca ouvi tantas vezes a palavra “bowling” num curto espaço de tempo. Encostei-me a um local mesmo cá fora do centro comercial, mas ainda perto dos cinemas e das zonas de restauração. Conseguia ver já o sol a pôr-se mais cedo do que estava habituada. Reparei nele a fumar, o fumo a ir na direcção oposta a minha, entre outras coisas naquele local. Cruzei os braços de forma a tentar combater as rajadas de vento que vinham de vez em quando. Pensei mais comigo mesma. Tinha ouvido colegas meus a falarem lá no funcenter, que para além de terem coisas para crianças, tinha bowling e um arcade para pessoas mais velhas. Não daquela forma de casino tudo chique e para maiores de 18, obviamente, mas sim com jogos em que podias matar os mauzões ou fazer corridas de carros. Ia para lhe falar quando alguém me telefona. Assustei-me com o meu mítico toque que fora sempre o mesmo. Fiz um gesto a Thomas para esperar e atendi. Era a minha mãe. Decidi falar com ela mas despachei-a durante um bocado, dizendo que estava com pessoas e que depois falava com ela mais tarde.
Depois olhei novamente o rapaz que entretanto já tinha apagado o cigarro.
-Quero comer, já é noite e estou esfomeada – sorri – e o bowling é aqui no centro comercial, por isso podemos ir depois de comer. Agora, escolhe tu o que queres comer. Tudo menos bifes! – ri-me por já estar farta de os ver a frente. Depois de jantar era jogar bowling, ir buscar os dvds dele, se bem que podíamos deixar isso para outro dia e seria a desculpa perfeita para o ver novamente visto ser a única pessoa que eu conhecia, obvio. E depois com sorte ele dava-me boleia para casa porque era bem mais rápido que ir de autocarro e eu tinha de dormir muito porque amanha era faculdade logo cedinho. Fomos para a zona dos restaurantes para deixar a critério dele o que íamos comer.

Enquanto expelia a última passa que tinha dado no meu Mallboro, ocorreu-me que a casa de Sushi podia ser, possivelmente uma boa ideia.
- Então, e que tal, irmos comer Sushi? - Sugeri - Vi o restaurante lá dentro há imensos dias e desde aí que tenho etsado com desejos de lá ir, mas não tinha companhia, e para ir sozinho não tem piada. Portanto, queres? - Perguntei.

Ela torceu um pouco o nariz, mas referiu algo sobre pessoas que não sabiam não fumar para cima das outras e finalmente acabou por concordar.
- Perfeito! Estou com tantas saudades de comer Tekkamaki! - Os meus olhos devem ter brilhado quando me referi ao pequeno pedaço cilíndrico fino, com o nori na parte externa.